Mostrando postagens com marcador BIOGRAFIA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador BIOGRAFIA. Mostrar todas as postagens

domingo, 5 de junho de 2011

FRANCIS FORD COPPOLA





Francis Ford Coppola (Detroit, 7 de Abril de 1939) é um produtor, guionista, realizador e actor norte-americano reconhecido internacionalmente pela franquia O Poderoso Chefão. É pai da também cineasta Sofia Coppola e tio do ator Nicolas Cage. Foi indicado 14 vezes ao Academy Awards e 5 vezes a Palma de Ouro de Cannes.


Biografia:
Nascido em Detroit, em 1939, numa família ítalo-americana, Coppola cresceu no bairro de Queens em Nova Iorque, para onde a família se mudou após o seu nascimento. O pai, Carmine Coppola, era músico e compositor (uma canção sua surge em Tucker: Um Homem e o Seu Sonho, 1988) e a mãe atriz. Quando tinha nove anos contraiu poliomielite.


Coppola estudou cinema na UCLA e enquanto por lá fez inúmeros pequenos filmes. Nos fins da década de 60, começou a sua carreira profissional realizando filmes de baixo orçamento com Roger Corman e escrevendo roteiros.
Logo a seguir à realização do seu primeiro filme You’re a big boy now, foi oferecida a Coppola a direcção da versão para cinema do musical da Broadway, Finian’ s rainbow, protagonizado por Petula Clark, no que era o seu primeiro filme nos Estados Unidos, e pelo veterano Fred Astaire. O produtor Jack Warner, mal impressionado com o aspecto hippie de Coppola, deixou-o entregue a si mesmo. Coppola pegou o elenco e foi para Napa Valley rodar os exteriores, mas as diferenças entre estas filmagens e as gravadas em estúdio eram enormes, o que resultou num filme pouco homogêneo. Sendo feito com material obsoleto, o sucesso não foi grande, mas sem dúvida o seu trabalho com Petula Clark contribuiu para a sua nomeação para o Globos de Ouro como melhor atriz.
Em 1971 Coppola ganhou um Oscar pelo seu roteiro em Patton, no entanto, o seu nome foi indicado como roteirista e diretor de The Godfather em 1972 e The Godfather: Part II em 1974, tendo ambos ganho Óscares de "melhor filme" (refira-se que "The Godfather: Part II, foi a primeira seqüência a conseguir este feito).
Durante este período escreveu o roteiro para The Great Gatsby, estrelado por Mia Farrow e Robert Redford, que foi um desastre completo em nível comercial e da crítica, e produziu o segundo(o primeiro foi THX 1138) filme de George Lucas, American Graffiti.


Após o sucesso dos dois Godfather, Coppola dedicou-se a um projecto ambicioso, Apocalypse Now, baseado em Heart of Darkness de Joseph Conrad. A realização do filme foi marcada por inúmeros problemas, desde tufões, e abuso de drogas, até ao ataque de coração de Martin Sheen e à aparência inchada de Marlon Brando, que Coppola tentou esconder, filmando-o na sombra. O filme foi adiado tantas vezes, que chegou a ser alcunhado de "Apocalypse Whenever". Quando finalmente estreou, o filme foi amado e odiado pela crítica e os seus elevados custos quase levaram ao colapso da American Zoetrope, o estúdio recém criado de Coppola. No documentário de 1991, Hearts of Darkness: A Filmmaker’s Apocalypse, dirigido pela esposa de Coppola, Eleanor Coppola, Fax Bahr e George Hickenlooper relatam as dificuldades que a equipa passou e mostra cenas dessas dificuldades filmadas por Eleanor.
Apesar dos contratempos e problemas de saúde que Coppola sofreu durante a filmagem de Apocalypse, continuou com os seus projectos. Em 1981 apresentou a restauração do filme de 1927 Napoléon, editado nos Estados Unidos pela Zoetrope. No entanto, somente em 1982 é que Francis voltou à realização, com o filme One From the Heart, que foi um fracasso enorme, tendo no entanto criado um certo culto à sua volta anos depois. Esse filme lhe deixou uma dívida de US$ 30 milhões. Isso, somado a falência de seu estúdio, o American Zoetrope, fez com que o diretor entrasse em um período conturbado, em que teve que aceitar dirigir e associar seu nome a diversos trabalhos encomendados, que normalmente não lhe despertariam interesse.


Em 1986, Coppola e George Lucas dirigiram o filme Captain Eo, com Michael Jackson, para os parques temáticos da Disney, que até à altura tinha sido o filme mais caro por minuto já feito.
Em 1990 completou a série dos "Godfather" com The Godfather: Part III que, apesar de não ter sido tão aclamado pela crítica como os anteriores, foi um grande sucesso de bilheteira.
Recentemente Francis Coppola afirmou que O Senhor dos Anéis é uma obra magna e insuperável do cinema, o que causou grande controvérsia.

sábado, 28 de maio de 2011

TARZAN




Tarzan é um personagem de ficção criado pelo escritor estadunidense Edgar Rice Burroughs no romance Tarzan of the Apes, de 1912. O personagem apareceu em mais vinte e quatro livros e em diversos contos avulsos. Outros escritores também escreveram obras com o herói: Barton Werper, Fritz Leiber, Philip José Farmer etc.


Tarzan é filho de ingleses, porém foi criado por macacos "mangani" na África, depois da morte de seus pais. Seu verdadeiro nome é John Clayton III, Lorde Greystoke. Tarzan é o nome dado a ele pelos macacos e significa "Pele Branca". É uma adaptação moderna da tradição mitológico-literária de heróis criados por animais. Uma destas histórias é a de Rômulo e Remo, que foram criados por lobos e posteriormente fundaram Roma.


Lenda
No final do primeiro volume, Tarzan renuncia ao amor de Jane e ao título, por acreditar que ambos estariam melhor com o primo. Somente no romance seguinte, The Return of Tarzan, de 1913, o casal passa a viver junto.
Burroughs e a África
A visão da África criada por Burroughs tem pouco a ver com a realidade do continente, pois ele inventa que a selva africana esconderia civilizações perdidas e criaturas estranhas. Burroughs, entretanto, nunca esteve na África.


Os livros:
Capa da edição de 1914 de Tarzan of the Apes.
Dezoito livros de Tarzan foram publicados no Brasil pela Companhia Editora Nacional a partir de 1933, na lendária coleção Terramarear. As traduções foram feitas por importantes escritores, como Monteiro Lobato, Godofredo Rangel, Manuel Bandeira e outros. Na década de 1970, a Editora Record relançou desses oito volumes, com capas de Burne Hogarth. Já em Portugal, a editora Portugal Press, de Lisboa, editou a obra completa do herói.


Os filmes:
O primeiro Tarzan do cinema foi Elmo Lincoln, no filme Tarzan, O Homem Macaco ou Tarzan dos Macacos (Tarzan Of The Apes), de 1919. Lincoln também estrelou o filme seguinte, O Romance de Tarzan ou Os Amores de Tarzan (Romance of Tarzan, 1918) e o seriado As Aventuras de Tarzan (The Adventures of Tarzan, 1921, quinze episódios).
Na era muda foram produzidos quatro filmes e quatro seriados com o herói; além de Lincoln, ele foi interpretado, entre outros, por Gene Pollar e James H. Pierce.
O primeiro Tarzan do cinema sonoro foi também o mais famoso: o nadador estadunidense Johnny Weissmuller, que encarnou o herói em doze fitas, primeiro na MGM, depois na RKO. O refinado lorde dos livros foi transformado por Weissmuller em um selvagem que conseguia apenas grunhir e emitir frases monossilábicas, do tipo "me Tarzan, you Jane" (que ele, a bem da verdade, nunca disse. O que ele disse no filme Tarzan, O Filho das Selvas/Tarzan The Ape Man foi, simplesmente "Tarzan… Jane", apontando para si mesmo e depois para Jane Porter).
Weissmuller é responsável por emitir, pela primeira vez, o famoso grito de vitória de Tarzan. Esse grito, que seria reproduzido por todos os Tarzans subsequentes, não passava de uma hábil mixagem dos sons de um barítono, uma soprano e de cães treinados.
Devido à censura da época, os trajes de Weissmuller e, principalmente, de O'Sullivan foram aumentando de tamanho de filme para filme; a censura também é responsável pela ausência de filhos da dupla, que não era legalmente casada: Boy (vivido por Johnny Sheffield), introduzido em O Filho de Tarzan (Tarzan Finds a Son!, 1939) não era filho do casal e, sim, adotado, conforme mostra o título original. Nos livros, no entanto, Tarzan e Jane são pais do menino Korak, que chega à idade adulta nos romances finais.
Depois de atuar em Tarzan e a Caçadora (Tarzan and the Huntress, 1947), Johnny Sheffield disse adeus ao papel de Boy, porque já estava com dezesseis anos. Ele foi para a Monogram e fez os doze filmes da série Bomba, o Filho das Selvas/Bomba The Jungle Boy, entre 1949 e 1955.
Quando já não possuía o físico necessário para viver o herói, Weissmuller estrelou a série Jim das Selvas/Jungle Jim para a Columbia. Foram dezesseis filmes entre 1948 e 1955. Nesse ano, o herói foi para a televisão, onde foram feitos vinte e seis episódios de meia hora cada, com um Weissmuller já gordo e envelhecido.
Outros Tarzans que ficaram famosos foram Lex Barker, que substituiu Weissmuller a partir de 1948 e Gordon Scott, que é considerado por alguns críticos como o ator que melhor interpretou o herói. Já Mike Henry é visto como o mais parecido com os desenhos de Burne Hogarth.
Na televisão, Tarzan foi vivido por Ron Ely, em uma cultuada série que teve cinquenta e sete episódios entre 1966 e 1968. Alguns episódios duplos foram fundidos e exibidos nos cinemas.
Das atrizes que interpretaram Jane, a única lembrada é Maureen O'Sullivan, que fez os seis primeiros filmes da série com Johnny Weissmuller e depois saiu porque não queria ficar presa à personagem. Jane não aparece em todos os filmes de Tarzan: ela esteve em apenas um dos cinco filmes com Gordon Scott e esteve ausente de todas as produções com os Tarzans Jock Mahoney, Mike Henry e Ron Ely.




Filmografia:
Todos os títulos em Português referem-se a exibições no Brasil.
Tarzan, O Homem Macaco (Tarzan of the Apes, 1918, National); Elmo Lincoln (Tarzan) e Enid Markey (Jane)
O Romance de Tarzan (Romance of Tarzan, 1918, National)
A Vingança de Tarzan (The Revenge of Tarzan/ The Return of Tarzan, 1920, Goldwyn); Gene Pollar e Karla Schramm
O Filho de Tarzan (The Son of Tarzan, 1920, National); P. Dempsey Tabler e Karla Schramm; seriado em quinze episódios
As Aventuras de Tarzan (Adventures of Tarzan, 1921, Western); Elmo Lincoln e Louise Lorraine; seriado em quinze episódios
Tarzan e o Leão de Ouro (Tarzan and the Golden Lion, 1927, FBO); James H. Pierce e Dorothy Dunbar
Tarzan, O Poderoso (Tarzan The Mighty, 1929, Universal); Frank Merrill e Natalie Kingston; seriado em quinze episódios
Tarzan, O Tigre (Tarzan The Tiger, 1929, Universal); Frank Merrill e Natalie Kingston; seriado em quinze episódios
Tarzan, O Filho das Selvas (Tarzan the Ape Man, 1932, MGM); Johnny Weissmuller e Maureen O'Sullivan
Tarzan, O Destemido (Tarzan The Fearless, 1933, Principal); Buster Crabbe e Jacqueline Wells (mais tarde Julie Bishop)
A Companheira de Tarzan (Tarzan and His Mate, 1934, MGM); Johnny Weissmuller e Maureen O'Sullivan; geralmente considerado o melhor da série
As Novas Aventuras de Tarzan (The New Adventures of Tarzan, 1935, Burroughs-Tarzan); Herman Brix; seriado em quinze episódios, produzido pelo próprio Edgar Rice Burroughs
A Fuga de Tarzan (Tarzan Escapes, 1936, MGM); Johnny Weissmuller e Maureen O'Sullivan
A Vingança de Tarzan (Tarzan's Revenge, 1938, Fox); Glenn Morris e Eleanor Holm; único trabalho de Morris no cinema: terminado o filme, ele voltou para sua profissão original: bombeiro


O Filho de Tarzan (Tarzan Finds a Son!, 1939, MGM); Johnny Weissmuller, Maureen O'Sullivan e Johnny Sheffield (Boy)
O Tesouro de Tarzan (Tarzan's Secret Treasure, 1941, MGM)
Tarzan Contra o Mundo (Tarzan's New York Adventure, 1942, MGM); 
O Triunfo de Tarzan (Tarzan Triumphs, 1943, RKO); Johnny Weissmuller e Johnny Sheffield
Tarzan e o Terror do Deserto (Tarzan's Desert Mystery, 1943, RKO); 
Tarzan e as Amazonas (Tarzan and the Amazons, 1945, RKO); Johnny Weissmuller, Brenda Joyce e Johnny Sheffield
Tarzan e a Mulher Leopardo (Tarzan and the Leopard Woman, 1946, RKO); 
Tarzan e a Caçadora (Tarzan and the Huntress, 1947, RKO); 
Tarzan e as Sereias (Tarzan and the Mermaids, 1948, RKO); Johnny Weissmuller e Brenda Joyce
Tarzan e a Fonte Mágica (Tarzan's Magic Fountain, 1949, RKO); Lex Barker e Brenda Joyce
Tarzan e a Escrava (Tarzan and the Slave Girl, 1950, RKO); Lex Barker e Vanessa Brown
Tarzan em Perigo/Tarzan na Terra Selvagem (Tarzan's Peril, 1951, RKO); Lex Barker e Virginia Huston
Tarzan e a Fúria Selvagem (Tarzan's Savage Fury, 1952, RKO); Lex Barker e Dorothy Hart
Tarzan e a Mulher Diabo (Tarzan and the She-Devil, 1953, RKO); Lex Barker e Joyce MacKenzie
Tarzan na Selva Misteriosa (Tarzan's Hidden Jungle, 1955, RKO); Gordon Scott
Tarzan e a Expedição Perdida (Tarzan and the Lost Safari, 1957, MGM)
A Luta de Tarzan (Tarzan's Fight for Life, 1958, MGM); Gordon Scott e Eve Brent
Tarzan e os Caçadores (Tarzan and the Trappers, 1958, TV); idem; três episódios feitos para a TV, editados como longa-metragem exibido também nos cinemas
A Maior Aventura de Tarzan (Tarzan's Greatest Adventure, 1959, Paramount); Gordon Scott
Tarzan, O Filho das Selvas (Tarzan, The Ape Man (filme 1959)|Tarzan, the Ape Man]], 1959, MGM); Dennis Miller e Joanna Barnes; o primeiro Tarzan louro do cinema é considerado o pior de todos os tempos
Tarzan, O Magnífico (Tarzan The Magnificent, 1960, Paramount); Gordon Scott
Tarzan Vai à Índia (Tarzan Goes to India, 1962, MGM); Jock Mahoney
Os Três Desafios de Tarzan (Tarzan's Three Challenges, 1963, MGM); idem
Tarzan e o Vale do Ouro (Tarzan and the Valley of Gold, 1966, American International); Mike Henry
Tarzan e o Grande Rio (Tarzan and the Great River, 1967, Paramount); idem; filmado no Brasil
Tarzan e o Menino das Selvas (Tarzan and the Jungle Boy, 1968, Paramount); idem; também filmado no Brasil
Tarzan and the Four O'Clock Army (1968, National); Ron Ely; episódio duplo "Four O'Clock Army", da segunda temporada da série de TV, lançado nos cinemas
A Revolta de Tarzan (Tarzan's Jungle Rebellion, 1970, National); idem; episódio duplo "The Blue Stone of Heaven", da segunda temporada, lançado nos cinemas
O Silêncio de Tarzan (Tarzan's Deadly Silence, 1970, National); idem; episódio duplo "The Deadly Silence", da primeira temporada, lançado nos cinemas
Tarzan and the Perils of Charity Jones (1971, National); idem; episódio duplo "The Perils of Charity Jones", da primeira temporada, lançado nos cinemas
Tarzan, O Filho das Selvas (Tarzan, The Ape Man, 1981, MGM); Miles O'Keeffe e Bo Derek; considerado pela crítica como um dos piores filmes de todos os tempos
Greystoke, A Lenda de Tarzan, O Rei da Selva (Greystoke: The Legend of Tarzan, Lord of the Apes, 1984, Warner); Christopher Lambert e Andie MacDowell
Tarzan and the Lost City, 1998, Warner; Casper Van Dien e Jane March


Desenhos animados:
Os estúdios Filmation produziram, entre 1976 e 1982, a série animada Tarzan, Lord of the Jungle, considerada bastante fiel à obra de Burroughs– bem mais que muitos dos filmes realizados até então. Um exemplo é a presença, no desenho da Filmation, do macaquinho N'kima como mascote de Tarzan, em vez da chimpanzé Cheetah, que só existia nos cinemas. Este desenho foi exibido no Brasil pelo canal SBT nas tardes dos anos 1980, voltando a ser exibido recentemente nos sábados, pela manhã.
Em 1999, os estúdios Disney produziram um desenho em longa-metragem, Tarzan. Nele, alguns fatos tiveram que ser alterados em relação à obra de Burroughs. Por exemplo, no original o pai de Tarzan era assassinado por um gorila. Isto foi mudado, em reconhecimento ao fato científico de que gorilas nunca são violentos. Assim, o pai de Tarzan foi morto por um leopardo.
Entretanto, graças à liberdade dada pela animação, este foi o primeiro filme a apresentar o personagem do mesmo modo que Burroughs o havia escrito: um homem que utiliza os movimentos de gorilas, leopardos, serpentes e diversos outros animais.
"Você mataria um ator que tentasse fazer as coisas que nosso Tarzan animado faz?" pergunta o supervisor de animação Glen Keane. "Esse é um personagem que só poderia ser realizado do modo que Burroughs o imaginou, em animação". Além disso, é o primeiro filme a representar de modo realista a relação de Tarzan e sua família de macacos.
Entre 2001 e 2003 foi produzida, também pelos estúdios Disney, a série animada A Lenda de Tarzan (The Legend of Tarzan), com os personagens do longa de animação e a mesma ambientação deste.


Os quadrinhos:
Harold Foster foi o primeiro artista a desenhar o herói: em 1929 foram publicadas as sessenta tiras diárias de "Tarzan of the Apes"; Foster só voltaria ao personagem em 1931, desenhando páginas dominicais coloridas. Ele é responsável por várias inovações de inspiração cinematográfica: campo e contra-campo, grandes planos e contra-luz. Ele seguiu fielmente os livros de Burroughs e nunca usou balões e, sim, textos incorporados aos quadrinhos. A partir de 1937, Foster foi substituído por Burne Hogarth, o maior ilustrador do herói. Influenciado por Michelângelo e pelo expressionismo alemão, Hogarth utilizou seus conhecimentos de anatomia para mostrar uma explosão de músculos, um turbilhão de movimentos, paisagens atormentadas mas vibrantes, selvas fantasmagóricas e raízes com formas monstruosas. Ele desenharia essas páginas até 1950[11], quando foi substituído pelo também importante Bob Lubbers, mas voltou em 1972, com uma nova versão da história de Tarzan em forma de livro.
Rex Maxon começou uma longa série de aventuras de Tarzan ainda em 1929, quando Foster se recusou a desenhar "The Return of Tarzan". Dono de um traço duro, que melhorou com o tempo, Maxon desenhava tiras diárias, distribuídas para os jornais do mundo inteiro, mas se encarregou também de páginas dominicais durante vinte e oito semanas em 1931, enquanto Foster não voltava. Maxon desenhou Tarzan até 1947.
A partir de 1968, no entanto, tanto as tiras diárias quanto as páginas dominicais foram entregues a outro artista genial: Russ Manning, que também desenhou as histórias de Korak, o filho de Tarzan. Mestre absoluto do preto e branco, Manning desenvolveu uma visão moderna do herói, sem os barroquismos de Hogarth. Vários outros desenhistas se dedicaram ao personagem, muitas vezes anonimamente: Joe Kubert, Dan Barry, John Lehti, Reinman, Ruben Moreyra, Jesse Marsh, John Celardo, John Buscema, Bob Lubbers etc. Dentre os autores, destaca-se Gaylord DuBois. Poucos artistas conseguem capturar a essência da figura humana em sequências de ação como Joe Kubert. Seu expressivo talento encontra-se plenamente exposto nas HQs do Tarzan da década de 1970.
Tarzan apareceu em muitas revistas em quadrinhos em vários editoras.


Em 1947, o personagem foi publicado pela Dell Publishing/Western Publishing.
O Tarzan da Dell pouco tinha haver com os livros Edgar Rice Burroughs, era mais parecido com o Tarzan dos cinemas.
Em 1962 a parceira entre a Dell e Western foi desfeita, logo foi criado pelo Western, o selo Gold Key Comics Tarzan foi um dos títulos publicados pela Gold Key.
Em 1972, a DC consegue a licença de Tarzan e inicia uma série de quadrinhos produzida por Joe Kubert, a primeira edição da revista é a número 207, continuando a numeração da Dell[14]
Em 1977, a DC publica seu último número de Tarzan, encerrada na edição 259, nesse mesmo ano o personagem passa a ser publicado pela Marvel Comics, na Marvel a numeração é reiniciada, a revista teve 29 edições e possuia arte de John Buscema.


No Brasil
No Brasil, a primeira vez publicação do herói deu-se a partir do número 31 do Suplemento Juvenil, em 10 de Outubro de 1934, com Tarzan, O Filho das Selvas[16], a história desenhada por Harold Foster cinco anos antes. Com o sucesso, as tiras foram reunidas no álbum "A Primeira Aventura de Tarzan em Quadrinhos", relançado em 1975 pela EBAL.
Em seguida o Suplemento Juvenil passou a publicar A Volta de Tarzan e depois histórias de Rex Maxon e Burne Hogarth. O primeiro número da revista dedicada exclusivamente ao herói data de julho de 1951 e trazia uma foto de Lex Barker na capa. A revista seria a mais duradoura da história da EBAL, tendo sido editada, de várias formas em cores, em preto e branco, formatinho, formato americano, tamanho padrão, mensal, bimestral etc—até 1989.
A EBAL lançou também diversas edições especiais:
1973 - Tarzan, O Filho das Selvas, o livro quadrinizado por Burne Hogarth em 1972
1974 - Coleção Tarzan em dois volumes (A Origem de Tarzan e A Volta de Tarzan), ilustrados por Joe Kubert
1975 - Tarzan, de Harold Foster, a primeira história com o herói
1975 - Coleção Tarzan/Russ Manning, em cinco volumes, com as páginas dominicais de 1968 a 1972
1976 - Edição Gloriosa em dois volumes (O Mundo que o Tempo Esqueceu e O Poço do Tempo), ilustrados por Russ Manning
1978 - O Livro da Selva, adaptação do romance O Tesouro de Tarzan em três volumes, com ilustrações de John Buscema e roteiro de Roy Thomas
1980 - O Massacre dos Inocentes, com ilustrações do artista espanhol Jaime Brocal Remohi
1980 - O Lago da Vida, com ilustrações de José Ortiz
Além de títulos próprios, Tarzan participou de crossovers com o Batman (publicado pela Mythos Editora) e Superman (publicado pela Pandora Books).
A Editora Abril publicou histórias baseados no filme animado da Disney
Entre 2002 e 2003, tiras de Russ Manning foram publicadas nas edições #1 e #2 da revista Stripmania da Opera Graphica.
Em maio de 2010, a Devir Livraria anuncia o lançamento da versão traduzida de Joe Kubert[16], englobando em um volume do número 207 ao 214, com introdução do próprio autor.

JOHNNY WEISSMULLER



Johnny Weissmuller, nascido János Weißmüller, (Timişoara, Romênia, 2 de junho de 1904 - Acapulco, México, 20 de janeiro de 1984) foi um atleta e ator estadunidense, famoso por interpretar Tarzan, o personagem de ficção criado pelo escritor estadunidense Edgar Rice Burroughs.


Biografia:
Nascido no Banat, mais precisamente na localidade de Freidorf, hoje bairro da cidade de Timişoara na Romênia (à época parte do Império Austro-Húngaro), Weissmuller era filho de uma família de etnia alemã. Sua família emigrou para os Estados Unidos quando Johnny tinha apenas sete meses de idade.
Antes de entrar para o cinema, Weissmuller teve uma carreira excepcional como desportista, tendo conquistado cinco medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 1924 e 1928. Ele estabeleceu 67 recordes mundiais de natação e ganhou 52 campeonatos nacionais, sendo considerado um dos melhores nadadores de todos os tempos.
Em 1934 imortalizou no cinema o famoso personagem Tarzan. O cinema transformou Tarzan, já conhecido através dos romances de Edgar Rice Burroughs, em mito conhecido universalmente e Weissmuller fez doze filmes como o homem macaco, celebrizando o famoso e estilizado grito do personagem.
Depois de Tarzan, ele interpretou com sucesso o personagem Jim das Selvas na série do mesmo nome, feita para a Columbia entre 1948 e 1955. Foram dezesseis filmes ao todo, com duração média de setenta minutos cada. Em 1955, a série transferiu-se para a TV, tendo sido feitos vinte e seis episódios de meia hora cada. Já envelhecido e obeso, Weissmuller tentava dar vida a um personagem atlético e aventureiro, calcado na legendária figura de Tarzan. Esse final melancólico marcou sua despedida das câmaras, tendo retornado apenas em pequenos papéis em dois filmes na década de 1970.
No final dos anos 1950, Weissmuller mudou-se para Chicago, onde fundou uma empresa de piscinas. Seguiram-se outros empreendimentos, a maioria envolvendo Tarzan ou a natação de uma forma ou de outra, mas sem grandes resultados. Aposentou-se em 1965 e no ano seguinte juntou-se aos ex-Tarzans Jock Mahoney e James Pierce para a campanha publicitária de lançamento da série de TV Tarzan, estrelada por Ron Ely. Em 1967, sua imagem foi imortalizada na capa do LP Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles.
Morreu vítima de um edema pulmonar em Acapulco, no México, onde vivia com a sexta esposa há sete anos para se recuperar de uma trombose.





Filmografia


Os títulos em português referem-se a exibições no Brasil.


Cinema
A Glorificação da Beleza (Glorifying the American Girl, 1929); musical; Weissmuller aparece em um dos segmentos
Big Splash, 1931; curta-metragem sobre natação
Water Bugs, 1931
Swim or Sink, 1931
The Human Fish, 1932
Tarzan, O Filho das Selvas (Tarzan, the Ape Man, 1932); série Tarzan na MGM
A Companheira de Tarzan (Tarzan and His Mate, 1934); idem
A Fuga de Tarzan (Tarzan Escapes, 1936)
O Filho de Tarzan (Tarzan Finds a Son!, 1939)
O Tesouro de Tarzan (Tarzan's Secret Treasure, 1941)
Tarzan Contra o Mundo (Tarzan's New York Adventure, 1942)
Tarzan, O Vingador (Tarzan Triumphs, 1943); série Tarzan na RKO
Tarzan e o Terror do Deserto (Tarzan's Desert Mistery, 1943)
Tarzan e as Amazonas (Tarzan and the Amazons, 1945); idem
Tarzan e a Mulher-Leopardo (Tarzan and the Leopard Woman, 1946)
Tarzan e a Caçadora (Tarzan and the Huntress, 1947)
Tarzan e as Sereias (Tarzan and the Mermaids, 1948)
Jim das Selvas (Jungle Jim, 1948); série Jim das Selvas na Columbia
A Tribo Perdida (The Lost Tribe, 1949)
A Lagoa dos Mortos (Captive Girl, 1950)
A Marca do Gorila (Mark of the Gorilla, 1950)
A Ilha dos Pigmeus (Pygmy Island, 1950)
Fúria no Congo (Fury of the Congo, 1951)
Cacique Branco (Jungle Manhunt, 1951)
Terra Proibida (Jungle Jim in the Forbidden Land, 1952)
O Tigre Sagrado (Voodoo Tiger, 1952)
Tulonga, A Ilha Condenada (Savage Mutiny, 1953)
Vale dos Canibais (Valley of the Headhunters, 1953)
O Gorila Assassino (Killer Ape, 1953)
Caçadores de Cabeças (Jungle Man-Eaters, 1954)
O Homem-Crocodilo (Cannibal Attack, 1954)
Deusa da Lua (Jungle Moon Men, 1955)
A Deusa Pagã (Devil Goddess, 1955); idem
Conjunto de Espiões (The Phynx, 1970); pequeno papel, interpretando a si mesmo
Won Ton Ton, O Cão Que Salvou Hollywood (Won Ton Ton, The Dog Who Saved Hollywood, 1976); idem, operário de um cinema


Televisão
Série Jim das Selvas, vinte e seis episódios, rede NBC, 1955





                                                O TESOURO DE TARZAN ( 1941 )



Sinopse:
O garoto Boy casualmente encontra pepitas de ouro no fundo de um rio e, involuntariamente, acaba revelando o segredo a exploradores inescrupulosos. O enredo do filme dá margem a um crítica severa ao chamado "mundo do homem civilizado", sempre visando a riqueza a qualquer custo. Aventura super eletrizante com Jane (OSullivan) e Tarzan (Wiessmuller), um dos maiores heróis do cinema de todos os tempos.


Dados do arquivo:
Tamanho: 800 Mb
Duração: 01:20:57
Video Codec : Xvid
Áudio Codec : MP3
Dual Áudio: Português / Ingles
File Size : 800 Mb
Duração: 01:20:57
Servidor: Megaupload ( 6 partes )





domingo, 15 de maio de 2011

KIRK DOUGLAS



Kirk Douglas (Amsterdam, Nova Iorque, 9 de Dezembro de 1916) é um ator norte-americano. É pai do também ator Michael Douglas.



Biografia:
Nascido Issur Danielovitch Demsky, seus pais, Herschel Danielovitch e Bryna Sanglel, eram pobres bielorrussos judeus. Na St. Lawrance University, Douglas fez parte da liga de boxe. Para tentar conseguir uma bolsa de estudos, entrou para um grupo de atuação. Seus talentos o pegaram despercebido — recebeu a bolsa junto com uma atriz que viria a ser conhecida como Lauren Bacall. Serviu na Marinha Americana no início da Segunda Guerra Mundial em 1941 até seu fim, em 1945. Depois da guerra, voltou para Nova Iorque e começou a atuar no rádio e em comerciais de televisão, enquanto tentava entrar para a Broadway.
Douglas recebeu a ajuda da atriz Lauren Bacall ao obter seu primeiro papel no filme The Strange Love of Martha Ivers (1946), onde estrelava Barbara Stanwyck. Em 2011, entregou à atriz Melissa Leo o Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo filme The Fighter tendo sido uma das aparições mais marcantes da 83ª edição do prêmio.

Fique Sabendo:
# Kirk Douglas recebeu três indicações ao Oscar por seu trabalho em Champion (1949), The Bad and the Beautiful (1952 e Lust for Life (1956). Neste último interpretou o pintor Van Gogh. Douglas não ganhou nenhum, mas recebeu um Óscar especial em 1996 por "50 anos de modelo moral e criativo para a comunidade cinematográfica.". Nos anos 50 foi o protagonista de vários outros filmes clássicos, como Ulisses ou ainda a sua inesquecível interpretação do marinheiro Ned Land na produção dos Estúdios Disney "20.000 léguas submarinas".
Em 1960 estrelou o épico clássico Spartacus, no qual também foi o produtor. A direção ficou com Stanley Kubrick depois que Douglas demitiu o veterano Anthony Mann, que já havia realizado metade das filmagens.
Douglas comprou os direitos de "Um estranho no ninho" na década de 60, mas acabou repassando-os para seu filho Michael, que produziu o filme nos anos 70 com extremo sucesso.
# Douglas foi casado duas vezes, primeiro com Diana Dill (em 2 de novembro de 1943, divorciados em 1951), com quem teve dois filhos, o ator Michael Douglas e o produtor Joel Douglas. Com sua segunda esposa, Anne Boydens (casaram-se em 29 de maio de 1954 até hoje) teve também dois filhos, o produtor Peter Vincent Douglas e o ator Eric Douglas. Eric morreu em 6 de julho de 2004 de uma overdose de drogas.
# Nos últimos anos, depois de escapar com o corpo todo queimado de um acidente de helicóptero no qual os dois outros tripulantes morreram, Kirk Douglas padeceria ainda de um derrame em 1996, que afetou parcialmente sua capacidade de falar[carece de fontes]. Tratando-se com uma fonoaudióloga, ele ainda discursaria em agradecimento à premiação do Oscar, de onde recebeu das mãos de seus filhos uma estatueta em honra a sua obra cinematográfica.

Homenagens:
Por suas contribuições para a indústria do cinema, Kirk Douglas tem uma estrela na Calçada da Fama no número 6263, Hollywood Blvd. Em 1984, seu nome foi colocado no Western Performers Hall of Fame no National Cowboy & Western Heritage Museum em Oklahoma City, Oklahoma.
Em Outubro de 2004, teve seu nome dado a uma avenida em Palm Springs, na Califórnia.


Filmografia:
The Strange Love of Martha Ivers (1946)
Out of the Past (1947)
Mourning Becomes Electra (1947)
I Walk Alone (1948)
The Walls of Jericho (1948)
My Dear Secretary (1949)
A Letter to Three Wives (1949)
Champion (1949)
Young Man with a Horn (1950)
The Glass Menagerie (1950)
Along the Great Divide (1951)
Ace in the Hole (1951)
Detective Story (1951)
The Big Trees (1952)
The Big Sky (1952)
The Bad and the Beautiful (1952)
The Story of Three Loves (1953)
The Juggler (1953)
Act of Love (1953)
20000 Leagues Under the Sea (1954)
The Racers (1955)
Ulysses (1955)
Man without a Star (1955)
The Indian Fighter (1955)
Van Gogh: Darkness Into Light (1956)
Lust for Life (1956)
Top Secret Affair (1957)
Gunfight at the O.K. Corral (1957)
Paths of Glory (1957) (também produtor)
The Vikings (1958)
Last Train from Gun Hill (1959)
The Devil's Disciple (1959)
Premier Khrushchev in the USA (1959) (documentário)
Strangers When We Meet (1960)
Spartacus (1960) (também produtor executivo)
Town Without Pity (1961)
The Last Sunset (1961)
Lonely Are the Brave (1962)
Two Weeks in Another Town (1962)
The Hook (1963)
The List of Adrian Messenger (1963)
For Love or Money (1963)
Seven Days in May (1964)
The Heroes of Telemark (1965)
In Harm's Way (1965)
Cast a Giant Shadow (1966)
Is Paris Burning? (1966)
The Way West (1967)
The War Wagon (1967)
Rowan & Martin at the Movies (1968)
Once Upon a Wheel (1968) (documentário)
A Lovely Way to Die (1968)
The Brotherhood (1968) (também produtor)
The Arrangement (1969)
There Was a Crooked Man... (1970)
To Catch a Spy (1971)
The Light at the Edge of the World (1971) (também produtor)
A Gunfight (1971)
The Master Touch (1972)
Scalawag (1973) (also director)
Jacqueline Susann's Once Is Not Enough (1975)
Posse (1975) (também produtor e diretor)
Holocaust 2000 (1977)
The Fury (1978)
Home Movies (1979)
The Villain (1979)
Saturn 3 (1980)
The Final Countdown (1980)
The Man from Snowy River (1982)
Eddie Macon's Run (1983)
Amos (1985)
Tough Guys (1986)
Oscar (1991)
Welcome to Veraz (1991)
A Century of Cinema (1994) (documentário)
Greedy (1994)
Diamonds (1999)
It Runs in the Family (2003)
Illusion (2004)

terça-feira, 10 de maio de 2011

MARLON BRANDO


Marlon Brando Jr. (Omaha, 3 de abril de 1924 — Los Angeles, 1 de julho de 2004) foi um ator estadunidense, considerado um dos maiores atores de língua inglesa de todos os tempos, adepto do estilo realista de interpretação conhecido como Método Stanislavski.




Carreira

Marlon Brando na peça "Um Bonde Chamado Desejo" (A Streetcar Named Desire) que posteriormente iria para as telas de cinema.
Brando começou a chamar atenção atuando na peça de Tennessee Williams, Um Bonde Chamado Desejo. A peça foi filmada, mas acabou tendo seu lançamento atrasado, o que levou que figurasse como seu primeiro trabalho em cinema o filme, de 1950, Espíritos Indômitos . Esta produção contava a história de um veterano da Segunda Guerra Mundial ferido em combate angustiado por estar preso a uma cadeira de rodas.
Em Um Bonde Chamado Desejo - cujo filme recebeu no Brasil o nome de Uma Rua Chamada Pecado - dirigido por Elia Kazan e com a presença da atriz Vivien Leigh no papel de Blanche DuBois, Brando fazia o papel de Stanley Kowalski, um desocupado e explorador da esposa. Tornou-se um símbolo sexual ao aparecer em fotos como o personagem, sempre de camiseta que lhe realçava seus músculos. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles premiou o filme nas categorias de melhor atriz, Vivien Leigh, melhor ator coajuvante, Karl Malden e melhor atriz coadjuvante para Kim Hunter. Brando também foi indicado ao Oscar, mas mesmo sendo o franco favorito , não ganhou. Brando seria indicado mais três vezes em cada ano posterior em "Viva Zapata!" em 1952, Júlio César , 1953, no papel de Marco Antônio, e Sindicato de Ladrões em 1954.
No ano de 1953, Brando se tornaria um ídolo dos jovens da época ao interpretar Johnny Stabler em O Selvagem. No filme ele era um delinquente, líder de uma gangue de motoqueiros, vestido de jaqueta de couro e dirigindo uma motocicleta 1950 Triumph Thunderbird 6T. O filme marcaria toda uma geração de artistas, desde James Dean a Elvis Presley, os quais adoravam o estilo rebelde mostrado no filme.
Ganharia o primeiro oscar com o filme Sindicato de Ladrões/Há Lodo no Cais, dirigido por Elia Kazan. Nos anos 1960 faria alguns filmes polêmicos, como Caçada Humana, no qual é a vítima em uma longa cena de espancamento. E Queimada!, seu personagem favorito, usado para mostrar uma visão histórica do que teria sido a política de colonização européia na América, com os portugueses e espanhóis agindo com violência e ganância, enquanto os ingleses buscavam tomar para si as colônias, atuando nos bastidores com mentiras e falso apoio aos nativos colonizados. Brando se mostra um grande ativista nos anos 1960, tendo participado de manifestações públicas em favor do Direitos Civis e dos Direitos dos Indígenas, campanha que o levou a recusar um oscar no início da década seguinte.
Mas seu estilo como ator alcançaria o auge do sucesso e da fama nos anos 1970, com O Poderoso Chefão/O Padrinho e Último Tango em Paris, entre outros, tendo sido indicado para mais dois oscars pela Academia de Hollywood. Venceu pela sua interpretação de Don Vito Corleone, que rendeu ao personagem o título de "maior vilão da história do cinema".
Quando venceu em 1973 o óscar pelo fime O Padrinho/O Poderoso Chefão, Marlon Brando enviou uma índia (que mais tarde se descobriu ser uma atriz) fazer um discurso em seu nome, protestando contra a forma como os EUA e Hollywood discriminavam os nativos americanos.
Nos anos 1980 interrompe sua carreira e se retira para a ilha de Tetiaroa, na Polinésia Francesa, da qual era o dono desde 1966. Ganha peso e é fotografado várias vezes usando um largo sarongue polinésio. Com problemas financeiros, retomou sua carreira cinematográfica em 1989. Chegou a fazer uma paródia de si mesmo no filme de 1990 Um Novato na Máfia, no qual praticamente repetiu a caracterização de Don Vito Corleone. Passa a ter sérios problemas pessoais, com o julgamento do filho Christian por assassinato do namorado da irmã Cheyenne e que, deprimida, se suicidou poucos anos depois (1995).
Dirigiu apenas um filme: o western A Face Oculta (1961), substituindo o diretor Stanley Kubrick no início das filmagens. Obteve alguns elogios da crítica, demonstrando estilo lento e inovador no gênero: filmou o mar, cenário incomum dos western. Também no duelo final com seu amigo na vida real Karl Malden, usa ângulos e coreografia fora do normal. No western que fez com Jack Nicholson, ( Duelo de Gigantes, 1976), ele faz um pistoleiro bem estranho, dando continuidade à sua visão e a do diretor Arthur Penn, inovadora mas com tendências acentuadas para parodiar o gênero.





Filmografia
1950 - Espíritos indômitos (The Men)
1951 - Uma Rua Chamada Pecado (A streetcar named desire)
1952 - Viva Zapata! (Viva Zapata!)
1953 - Júlio César (Julius Caesar)
1954 - Desirée, o amor de Napoleão (Desirée)
1954 - Sindicato de Ladrões (On the Waterfront)
1954 - O Selvagem (The Wild One)
1955 - Eles e elas (Guys and dolls)
1956 - Casa de chá do luar de agosto (Teahouse of the August Moon, The)
1957 - Sayonara (Sayonara)
1958 - Os deuses vencidos (Young lions, The)
1959 - Vidas em fuga (The Fugitive Kind)
1961 - A face oculta (One-eyed jacks)
1962 - O grande motim (Munity on the bounty)
1962 - The Ugly American
1964 - Dois farristas irresistíveis (Bedtime story)
1965 - Morituri (Morituri)
1966 - Meet Marlon Brando
1966 - Caçada humana (Chase, The)
1966 - Sangue em Sonora (Appaloosa, The)
1967 - A condessa de Hong Kong (A countess from Hong Kong)
1967 - O pecado de todos nós (Reflections in a golden eye)
1968 - Candy (Candy)
1968 - A noite do dia seguinte (Night of the following day, The)
1969 - Queimada! (Quemada!)
1972 - O Poderoso Chefão (Brasil) ou O Padrinho (Portugal)(Godfather, The)
1972 - Os que chegam com a noite (Nightcomers, The)
1973 - Último tango em Paris (Last tango in Paris)
1976 - Duelo de gigantes (Missouri breaks, The)
1978 - Superman - O filme (Superman)
1979 - Apocalypse Now (Apocalypse Now)
1979 - Raoni (Raoni: The Fight for the Amazon)
1980 - A fórmula (Formula, The)
1989 - Assassinato sob custódia (A dry white season)
1990 - Um novato na máfia (The Freshman)
1992 - Cristóvão Colombo - A aventura do descobrimento (Christopher Columbus: The Discovery)
1995 - Don Juan de Marco (Don Juan de Marco)
1996 - A ilha do Dr. Moreau (Island of Dr. Moreau, The)
1997 - O bravo (The Brave)
1998 - Loucos por dinheiro (Free Money)
2001 - A cartada final (Score, The)
2001 - You Rock My World (Videoclipe de Michael Jackson)
2006 - Superman - O Retorno (Superman Returns) (foram usados sons e imagens de arquivo digitalmente                    modificados)



Premiações
7 indicações e 2 premiações do Óscar da Academia para Melhor Ator (principal), nos seguintes filmes:
Uma Rua Chamada Pecado(1952)
Viva Zapata!(1953)
Julius Caesar (1954)
Sindicato de Ladrões (1955) - Venceu
Sayonara (1956)
O Poderoso Chefão (1973) - Venceu
Último Tango em Paris (1974)
Uma indicação ao Óscar de Melhor Ator (coadjuvante/secundário):
Assassinato Sob Custódia" (1990).
3 vitórias de 4 indicações ao Golden Globe Award para Melhor Ator (filme dramático), nos seguintes filmes:
1955:On the Waterfront - Venceu
1958: Sayonara
1964: The Ugly American
1973:The Godfather - Venceu
Recebeu uma indicação ao Golden Globe Award para Melhor Ator (comédia ou musical) em cinema, por "Casa de Chá do Luar de Agosto" (1956).
Recebeu uma indicação ao Golden Globe Award para Melhor Ator (coadjuvante/secundário) em cinema, por "Assassinato Sob Custódia" (1989).
3 vitórias de 6 indicações ao BAFTA de Melhor Ator Estrangeiro, no seguintes filmes:
1953: Viva Zapata! - Venceu
1954: Julius Caesar - Venceu
1955: On the Waterfront - Venceu
1973: The Nightcomers
1973: The Godfather
1974: Last Tango In Paris
Recebeu uma indicação ao BAFTA de Melhor Ator (coadjuvante/secundário), por "Assassinato Sob Custódia" (1989).
Ganhou o prémio de Melhor Ator, no Festival de Cannes, por "Viva Zapata!" (1952).
Ganhou o prémio de Melhor Ator, no Festival de Tóquio, por "Assassinato Sob Custódia" (1989).

sábado, 7 de maio de 2011

PAUL NEWMAN



Paul Leonard Newman (Shaker Heights, 26 de janeiro de 1925 – Westport, 26 de setembro de 2008) foi um ator, dublador e diretor cinematográfico estado-unidense.
Filho de um bem sucedido comerciante de artigos esportivos, Newman começou a carreira em peças do colégio e, após obter a dispensa da marinha americana em 1946, foi estudar no Kenyon College. Após a formatura, ele passou um ano na Yale Drama School indo depois para Nova Iorque, onde entrou para a renomada escola de formação de atores Actors Studio, dirigida por Lee Strasberg.



Carreira
Depois de sua primeira aparição na Broadway em Picnic (1953), foi-lhe oferecido um contrato pela Warner Bros.. Seu primeiro filme, The Silver Chalice (br: Cálice Sagrado), de 1954, foi quase o seu último: considerou sua performance muito ruim e publicou um anúncio de página inteira num jornal pedindo desculpas a quem tivesse visto o filme.
Saiu-se muito melhor na sua segunda tentativa, em Marcado pela Sarjeta (1956), no Brasil, onde deu vida ao boxeador Rocky Graziano e foi aclamado pela crítica por sua grande atuação.
Com Cat on a Hot Tin Roof (br: Gata em Teto de Zinco Quente) e The Long Hot Summer (br: O Mercador de Almas), cuja atuação lhe valeu o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes,[1] estabelecendo-o como novo astro de Hollywood no fim da década de 1950, Paul tornou-se um líder de bilheterias da década seguinte estrelando filmes como The Hustler (br: Desafio à Corrupção, 1961), The Prize (br: Criminosos Não Merecem Prêmio), 1963), Hud (br: O Indomado, 1963), Cool Hand Luke (br: Rebeldia Indomável, 1967) e Hombre (1967), fechando os anos 1960 com o mega sucesso de crítica e bilheteria mundial Butch Cassidy and the Sundance Kid (br: Butch Cassidy / pt: Dois Homens e um Destino, 1969), ao lado de Robert Redford.
A dupla trabalharia junta quatro anos depois em Golpe de Mestre / A Golpada de George Roy Hill, outro grande sucesso de Newman e vencedor do Oscar de melhor filme de 1973.
Também produziu e dirigiu muitos filmes de qualidade, incluindo Rachel, Rachel (1968), estrelado pela esposa Joanne Woodward e com o qual foi premiado com o Globo de Ouro de melhor diretor. Indicado dez vezes pela Academia como melhor ator, finalmente venceu por sua atuação em The Color of Money (A Cor do Dinheiro, 1986). Por curiosidade, no ano anterior havia recebido um Oscar especial pelo conjunto da carreira.
Outros filmes importantes de Paul Newman são: Cat on a Hot Tin Roof (br: Gata em Teto de Zinco Quente, 1958), The Long Hot Summer (br: O Mercador de Almas, 1958), Exodus (1960), Sweet Bird of Youth (br: Doce Pássaro da Juventude), onde refez no cinema o mesmo papel que já havia feito na Broadway (1962), Torn Curtain (br: Cortina Rasgada, 1966), The Towering Inferno (br: Inferno na Torre / pt: Torre do Inferno, 1974), Absence of Malice (br: Ausência de Malícia, 1981) e The Verdict (br: O Veredicto, 1982).
Fazendo menos filmes na década de 1990, e se dedicando mais à sua fábrica de molhos e condimentos, Newman's Own (com a qual ganhou mais dinheiro que no cinema, porém dedicou quase todo o lucro à caridade e à sua equipe de corridas), Paul reapareceu em grande estilo, já aos 77 anos, em Road to Perdition (br: Estrada para Perdição, 2002), trabalhando com Tom Hanks e o futuro James Bond, Daniel Craig, e foi novamente indicado ao Oscar, desta vez como ator coadjuvante. Em 1995, ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim como melhor ator no filme Nobody's Fool (br: O Indomável - Assim é Minha Vida)

Indicações ao Oscar
Cat on a Hot Tin Roof (filme) (1958)
The Hustler ( 1961)
Hud (filme) (1963)
Cool Hand Luke (1967)
Rachel, Rachel (1968) - como diretor, prêmio de melhor filme
Absence of Malice (1981)
The Verdict (1982)
The Color of Money (1986) - prêmio de melhor ator
Nobody's Fool (1994)
Road to Perdition (2002)

Política e velocidade
Newman também foi conhecido por seu apoio a causas políticas liberais nos EUA. Nos anos 1960, esteve bastante envolvido na campanha de candidatos democratas à Presidência. Seu forte apoio à Eugene McCarthy em 1968, estrelando diversos comerciais de televisão a favor do candidato democrata, fez Richard Nixon, o adversário de McCarthy e que acabou sendo eleito, colocá-lo em 19º lugar numa lista de seus piores inimigos, o que fez Newman declarar que esta seria uma das maiores honras de sua vida.
Sua paixão pelo automobilismo e pela velocidade foram famosas. Apesar de daltônico, dos anos 1970 aos 1990 Newman se destacou como piloto amador, correndo em carros esporte nos EUA e na Europa, onde chegou a conseguir um segundo lugar na categoria esporte das 24 Horas de Le Mans com um Porsche 935. Nos anos 1980 se envolveu com a Fórmula Indy, onde se tornou sócio-proprietário da equipe Newman-Haas Racing, equipe vencedora dos quatro últimos títulos da Champ Car. Aos setenta anos, foi o mais velho piloto a vencer uma corrida de prestígio, ao fazer parte do time de pilotos do carro que venceu as 24 Horas de Daytona






Mais Uma Vítima do Câncer
Newman, ex-fumante inveterado, padeceu por muito tempo de câncer do pulmão. Em maio de 2008, foi afastado da direção de uma versão de Ratos e homens, baseada no livro de John Steinbeck. A doença havia sido diagnosticada pelo hospital Sloan-Kettering Cancer Centre, em Nova York.
Em março de 2008, Newman negou boatos de que estaria com câncer, depois de ter faltado a um evento beneficente da instituição infantil Hole in The Wall Gang, criada por ele. No mesmo mês, ele cancelou uma aparição no talk show The Late Show with David Letterman. Seu porta-voz, Warren Cowan, despistou sua hospitalização, insistindo que o ator estava "recebendo tratamento para pé-de-atleta e queda de cabelo". O jornal New York Post divulgou que um paciente de câncer disse ter visto Newman em março de 2008 no oncologista regularmente.
Em agosto, após encerrar as sessões de quimioterapia contra o câncer, o ator Paul Newman foi informado de que teria poucas semanas de vida e pediu aos médicos e a seus familiares para deixar o hospital e ser levado à sua casa, em Westport, no estado americano de Connecticut, onde morreu em 26 de setembro de 2008.

Filmografia
O Cálice Sagrado (The Silver Chalice, 1954)
Marcado pela Sarjeta (Somebody Up There Likes Me, 1956)
Deus é o meu Juiz (The Rack, 1956)
Com Lágrimas na Voz (The Helen Morgan Story, 1957)
Famintas de Amor (Until They Sail, 1957)
O Mercador de Almas (The Long, Hot Summer, 1958)
Um de nós Morrerá (The Left Handed Gun, 1958)
Gata em Teto de Zinco Quente (Cat on a Hot Tin Roof, 1958)
A Delícia de um Dilema (Rally 'Round the Flag, Boys!, 1958)
O Moço de Filadélfia (The Young Philadelphians, 1959)
Paixões Desenfreadas (From the Terrace, 1960)
Exodus (Exodus, 1960)
Desafio à Corrupção (The Hustler, 1961)
Paris Vive à Noite (Paris Blues, 1961)
Doce Pássaro da Juventude (Sweet Bird of Youth, 1962)
As Aventuras de um Jovem (Hemingway's Adventures of a Young Man, 1962)
O Indomado (Hud, 1963)
Amor Daquele Jeito (A New Kind of Love, 1963)
Criminosos Não Merecem Prêmio (The Prize, 1963)
A Senhora e Seus Maridos (What a Way to Go!, 1964)
Quatro Confissões (The Outrage, 1964)
Lady L (Lady L, 1965)
Harper, O Caçador de Aventuras (Harper, 1966)
Cortina Rasgada (Torn Curtain, 1966)
Hombre (Hombre, 1967)
Rebeldia Indomável (Cool Hand Luke, 1967)
A Guerra Secreta de Harry Frigg (The Secret War of Harry Frigg, 1968)
500 Milhas (Winning, 1969)
Butch Cassidy (Butch Cassidy and the Sundance Kid, 1969)
A Sala dos Espelhos (WUSA, 1970)
Uma Lição para Não Esquecer (Sometimes a Great Notion, 1971)
Meu Nome é Jim Kane (Pocket Money, 1972)
O Homem da Lei (The Life and Times of Judge Roy Bean, 1972)
O Emissário de Mackintosh (The MacKintosh Man, 1973)
Golpe de Mestre (The Sting, 1973)
Inferno na Torre (The Towering Inferno, 1974)
A Piscina Mortal (The Drowning Pool, 1975)
Buffalo Bill (Buffalo Bill and the Indians, 1976)
Vale Tudo (Slap Shot, 1977)
Quinteto (Quintet, 1979)
O Dia em que o Mundo Acabou (When Time Ran Out..., 1980)
O Inferno no Bronx (Fort Apache the Bronx, 1981)
Ausência de Malícia (Absence of Malice, 1981)
O Veredito (The Verdict, 1982)
Meu Pai, Eterno Amigo (Harry & Son, 1984)
A Cor do Dinheiro (The Color of Money, 1986)
O Início do Fim (Fat Man and Little Boy, 1989)
Blaze, o Escândalo (Blaze, 1989)
Cenas de uma Família (Mr. & Mrs. Bridge, 1990)
Na Roda da Fortuna (The Hudsucker Proxy, 1994)
O Indomável - Assim é Minha Vida (Nobody's Fool, 1994)
Fugindo do Passado (Twilight, 1998)
Uma Carta de Amor (Message in a Bottle, 1999)
Cadê minha Grana? (Where the Money Is, 2000)
Estrada para Perdição (Road to Perdition, 2002)
Carros (Hudson Hornet) (Cars, 2006)